Reprodução Humana, Citologia Oncótica, Banco de Sangue, Acupuntura, Imagenologia, Estética, Microbiologia dos Alimentos, Toxicologia e Sanitarista fazem parte do conjunto de áreas que podem ser desempenhadas pelo biomédico. Análises clínicas também é uma delas, exercida principalmente em laboratórios.
Outra opção é a Docência e Pesquisa, escolha da jovem biomédica de 31 anos Gabriela Nestal, uma das sete vencedoras do prêmio “Para Mulheres na Ciência 2017”, que recebeu R$50 mil de bolsa-auxílio para pesquisas. "O grande desafio da ciência hoje no Brasil é a carência de investimentos. A crise envolve muitas coisas, desde a falta de contratação de funcionários, que gera sobrecarga, às barreiras alfandegárias, que dificultam a entrada de materiais no país”, diz Gabriela.
O alvo das pesquisas da jovem que fez mestrado, doutorado e pós doutorado pelo INCA, é o câncer de mama, doença que atingirá 600 mil novos casos entre os anos de 2016 e 2017, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer – INCA. O estudo da biomédica consiste em decifrar os mecanismos de regulação da proteína FOXK2, que interfere no prognóstico de pacientes com câncer de mama. "O objetivo é entender por que pacientes que têm a expressão desregulada dessa proteína são resistentes ao tratamento de quimioterapia”, explica.
Infelizmente, no Brasil, o câncer de mama é diagnosticado tardiamente, resultando em uma sobrevida menor. Mesmo com campanhas de prevenção como o autoexame, o número de mulheres que o fazem ainda é pequeno comparado a outros países. A realização de mamografias periódicas associadas ao autoexame auxiliam no diagnóstico antecipado e melhora a expectativa de vida.
De acordo com a coordenadora do curso de Biomedicina da FEF, Ms. Daiane Mastrocola, “a principal falha da quimioterapia antineoplásica está associada a resistência às drogas. É importante descobrir se é possível reverter o mecanismo de resistência. Os estudos nessa área são fundamentais para elucidar esses mecanismos.”
Fonte: UOL Notícias
